A falta de conhecimento sobre a importância dos insetos é uma grande ameaça. Áreas destinadas a jardins cada vez menores, somado a crescente prática de aplicação de pesticidas, herbicidas e fungicidas através da técnica de pulverização, aumentam, assombrosamente, a mortalidade destes agentes.
Quando falamos em insetos, imagina-se que esses pequenos animais não são nada benéficos para as nossas vidas, mas não é bem assim. Todos os insetos são de extrema importância para os seres vivos, pois ajudam no equilíbrio do ambiente e, para cada espécie de inseto, existe um respectivo predador.
Dos mais conhecidos, as abelhas, são fundamentais para a vida no planeta. Só na mata atlântica, um dos seis biomas brasileiros, a polinização das abelhas é responsável por 90% das espécies vegetais, que ainda contam com a ajuda de borboletas e vespas, revezando na prática da polinização, dando possibilidade às plantas de se reproduzirem com mais intensidade e, consequentemente, aumentando a oferta pólen e néctar para a produção de substâncias úteis ao ser humano, como a seda, cera, laca e, claro, o próprio mel.
Mas não para por aí. Nessa cadeia temos insetos detritívoros, que se alimentam de animais e plantas mortas, contribuindo para o enriquecimento do solo. Embora muitas pessoas não saibam, uma das maiores utilidades dos insetos é que muitos deles são insetívoros, ou seja, alimentam-se de outros insetos. Dentre os mais conhecidos estão a Libélula, a Joaninha e as Vespinhas. Para qualquer espécie de inseto existe uma espécie de predador ou parasitoide para o controle dela.
Todas as pragas das culturas têm seus inimigos naturais que as destroem. Devorar e ser devorado, essa é a lei da natureza. Daí a importância de diversificar os cultivos e preservar os refúgios naturais.
Se o seu jardim não tem essa diversidade, esse refúgio natural, crie um hotel de polinizadores, eles vão adorar! Para que ácaros predadores, aranhas, insetos, anfíbios e aves façam seu jardim pulsar de vida.